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Como tornar o elogio mais eficaz

por Peças de Família, em 27.02.15

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aqui falámos da importância do elogio, vamos agora fornecer-lhe algumas dicas de forma a torna-lo ainda mais eficaz.

 

Seja específico – Dizermos “Muito bem! Que lindo menino” ou “Ora vês como sabes portar-te bem”, não chega. Estas afirmações não descrevem o comportamento que pretendemos louvar, deixando pouco claro qual a ação exata pela qual a criança está a ser elogiada. É preferível dizer: ”Estás tão bem aí sentadinha na cadeira!” ou “Gostei muito de te ouvir dizer obrigado”. Assim, a criança percebe exatamente qual o comportamento por si adotado, que mereceu a atenção positiva por parte de seus pais.

 

Elogie no tempo correto – É absolutamente essencial que o elogio seja feito no momento, isto é, quando a criança mostra o comportamento adequado (o ideal será até 5 segundos após a ação). Partilhou o brinquedo com o irmão – elogia-se imediatamente, e não algum tempo depois, senão perde o seu potencial de reforço.

 

Mostre entusiasmo – Se o seu elogio for proferido com pouco entusiasmo, sem sorrisos, nem troca de olhares, o mesmo não estimula as crianças. Sorria e felicite a criança, olhando-a com ternura e, preferencialmente, tocando-a. O elogio deve de ser expresso com energia, sensibilidade e sinceridade.

 

Evite conjugar elogio e crítica – Quando dizemos, por exemplo: “Ana e João, vieram os dois para a mesa logo que os chamei. Excelente! Mas que tal, da próxima vez, lavarem a cara e as mãos antes?” ou “Luís ainda bem que fizeste a cama, pena é não a fazeres todos os dias!”, além de não ser eficaz, leva a que a criança se foque mais na crítica que lhe é feita do que propriamente na ação que está a ser elogiada. Dar uma no cravo e outra na ferradura, como se diz em bom português, é uma opção a evitar.

 

O comportamento não tem que ser perfeito para merecer o elogio – Ninguém alcança a perfeição sem percorrer um longo caminho, com muitas etapas. A atenção dos pais deve de focar-se mais no esforço e empenho da criança e menos no resultado final. As crianças cujos pais reservam o elogio para a perfeição desistem mais facilmente de tentar antes de conseguirem alcançar o seu objetivo. Desta forma, elogie o processo de tentativas por parte dos seus filhos e não apenas o sucesso das mesmas.

 

Incentive as crianças a elogiarem os outros – As crianças habituadas a receber elogios por parte dos pais têm tendência para desenvolver uma autoestima mais positiva e a elogiar os outros com mais frequência. As crianças que utilizam com frequência frases positivas em relação aos seus pares vêm facilitado o relacionamento interpessoal, recebendo também em troca um maior número de elogios. Os pais devem incentivar os filhos a felicitar os outros, proferindo frases do género: ”Olha que grande castelo de areia que a tua amiga construiu! Não achas que ela merece os parabéns?” ou “O Miguel foi um bom amigo quando te defendeu. Podias dizer-lhe isso”.

 

Por fim, também queremos que os nossos filhos aprendam a felicitar-se a si próprios, a ficarem felizes pelas suas próprias conquistas e não só porque os outros o estão. Para isso, devemos, sempre que possível, ajudá-los a saberem aquilo a que são bons e a reconhecerem as suas caraterísticas positivas: ”Deves de estar orgulhosa de ti. Leste um capítulo inteiro sozinha!" ou "Foste muito generosa com a tua amiga. Deves de estar satisfeita e a sentir-te muito bem contigo própria."

 

Bons elogios!

 

Manuela Silveira

 

 

 

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Elogio

por Peças de Família, em 24.02.15

 

Já todos reparámos que o Mundo lá fora não é propriamente abundante em elogios: não somos elogiados pelo nosso superior quando chegamos a horas ao trabalho, não somos agraciados com um gesto de reconhecimento quando damos passagem a um peão na passadeira e, muito menos, recebemos uma palavra de agradecimento da parte do Ministério das Finanças por pagarmos os nossos impostos a tempo e horas. É como se os nossos esforços para fazermos as coisas bem fossem tomados como certos. Como se não fossem dignos de nota. Agora, experimentemos “sair da linha” para vermos o que nos acontece!

 

A maioria de nós é rápida a criticar, mas lenta a elogiar, não tendo esta regra exceção no que toca à forma como comunicamos com as nossas crianças. Pense comigo. Quantas vezes chama a atenção do seu filho por ele não pendurar o casaco ou arrumar os sapatos quando chega a casa? Muitas, dirá certamente. Agora, quantas vezes elogia o seu filho por ele ter por hábito pôr a mesa de boa vontade ou por lavar sempre os dentes sem reclamar? Poucas, constatará provavelmente.

 

Os Pais precisam de aprender a notar as caraterísticas positivas dos seus filhos, assim como dar o devido valor aos seus esforços para fazerem as coisas bem. E digo aprender, porque culturalmente não fomos “treinados” para fazermos sobressair o positivo nas pessoas, focando-nos muito mais no negativo, chegando-se ao ponto de se ouvir dizer que o elogio estraga.

 

Pois o elogio não estraga, não senhor. Estudos realizados demonstram que a falta de elogio e reconhecimento do comportamento adequado, essa sim, pode levar a um aumento do mau comportamento. Porquê? Porque se não reconhecermos o que as crianças fazem bem, elas têm tendência para chamar a nossa atenção negativa para o que fazem mal.

 

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Assim, além de fortalecer a relação Pais-Filhos e reforçar a autoestima da criança, o elogio fornece motivação necessária para a manutenção do comportamento adequado, bem como, encorajamento para a aquisição de novas competências.

 

E isto não vale apenas para os nossos filhos. Serve também para todos nós.

 

Manuela Silveira

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