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O Afeto

por Peças de Família, em 25.04.15

 

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Todos nós já ouvimos falar dos benefícios do toque físico entre os Pais e o seu bebé, como forma de proporcionar uma sensação de bem-estar, de conforto e segurança aos nossos filhos mais pequenos, sendo comum vermos pais e mães a beijarem, acariciarem e a fazerem cóceguinhas nas suas crianças mais pequenas.

 

E isto é muito bom, porque nem sempre foi assim. No tempo dos nossos Pais e Avós, as manifestações de afeto e carinho, além de não estarem tão presentes no dia a dia das crianças, não eram tão expostas aos outros, acontecendo mais na intimidade da família.

 

Contudo (e porque queremos sempre mais e melhor), muito ainda há a fazer nesta área. E porque digo isto? Porque se é certo que os bebés e as crianças mais pequenas dos nossos dias recebem muito mimo e colinho, o mesmo não vemos acontecer com crianças em idade escolar, adolescentes e jovens. É como se a necessidade de nos sentirmos gostados e os benefícios associados a esse sentimento perdessem vantagens conforme crescemos. Como se fossemos ganhando anos e perdendo afetos.

 

Isto acontece numa tal ordem que, não raramente, encontramos filhos grandes (e não só em tamanho) que não (re)conhecem o sentir do toque de seu pai e mãe, que não identificam o seu cheiro, que (já) não sabem a que sabe o abraço, o colo e os beijos dos seus pais.

 

Esta questão não surge apenas na relação Pais e Filhos. O “ritual” acontece também nos casamentos e relações amorosas. Mais uma vez, o avançar dos anos constitui-se como o principal inimigo da demonstração de afeto e os casais, em consulta, dizem com frequência e com alguma nostalgia na voz: “Abraços? Beijos? Isso era no início”.

 

As manifestações de afeto (abraçar, beijar, dar as mãos, dar festinhas, fazer cócegas), são formas muito importantes para transmitirmos aos outros o que sentimos, o quão os amamos, revestindo-se estas demonstrações de especial importância quando falamos dos nossos filhos (os grandes e os pequenos). Só assim eles se sentem verdadeiramente gostados. Só assim se sentem verdadeiramente seguros e felizes.

 

Não basta dizer “Eu gosto muito de ti!” É preciso mostrar. É preciso fazer-se sentir o AMOR. Sempre.

 

Bons Afetos.

Manuela Silveira

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