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Entre a autoridade e a permissividade

por Peças de Família, em 29.02.16

 

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Se ao provérbio “No meio é que está a virtude” podemos atribuir muita verdade e aplicação em diferentes contextos das nossas vidas, quando falamos de Parentalidade, mais concretamente de estilos parentais, este dito popular não é excepção.

 

Desde o primeiro dia (e até antes) em que nos tornamos pais e mães, que queremos ser os melhores Pais do Mundo, estando desde logo perante o desafio de encontrarmos o equilíbrio, e vivermos com ele de forma confortável, entre o que idealizamos que é um pai ou mãe perfeitos (sabendo de ante mão que a perfeição não existe, claro está) e o pai ou mãe que realmente somos.

 

Importa saber que, apesar de a nossa identidade parental ir-se construindo e moldando ao longo do crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos, e do nosso enquanto pai ou mãe, a forma como exercemos a Parentalidade é, em larga medida, influenciada pela forma como fomos educados pelos nossos Pais.

 

E no que é que isto se traduz? Bom, os estudos dizem-nos que das duas uma: ou repetimos o que aprendemos com os nossos Pais, sem grandes questionamentos ou modificações de maior, ou fazemos precisamente o contrário, e aquilo que achamos que faltou na nossa educação, pecamos por excesso e damos em dobro aos nossos filhos.

 

Assumindo que na parentalidade (e na vida em geral) nada é assim linear, e que múltiplos outros factores têm que ser tidos em conta na construção do nosso estilo parental, como as características de personalidade, experiências, vivências, modelos, etc., falemos então de dois tipos de educação, completamente antagónicos – a educação autoritária e a educação permissiva.

 

Numa educação predominantemente autoritária, os Pais dão muitas ordens e impõem muitas regras, que não são explicadas nem negociadas com os filhos, não se respeitando, assim, as necessidades e opiniões das crianças. Pais autoritários não investem na comunicação e na expressão dos afectos, estando pouco disponíveis para os seus filhos, recorrendo frequentemente ao uso das palmadas, das ameaças, dos castigos, dos gritos e do medo, como forma de controlar a criança.

 

Do outro lado, temos os Pais permissivos. Estes são Pais que exibem altos níveis de comunicação, que estão disponíveis para os seus filhos, muito afectuosos, mas que apresentam muitas dificuldades na colocação de regras e limites.

 

Dizer um não firme e consistente é difícil para estes Pais, que não fazem exigência de comportamentos maduros por parte da criança, nem são muito bons na supervisão do cumprimento das normas. Muito centrados na criança, os Pais Permissivos tendem a adaptar-se aos seus filhos procurando identificar e satisfazer as suas necessidades e exigências.

 

E depois temos o meio-termo, o tal meio virtuoso – a parentalidade positiva

 

Aqui os Pais aceitam a criança tal como ela é, respeitando-a na sua individualidade, proporcionando-lhe amor e carinho, incentivando o diálogo e uma comunicação clara, aberta, bireccional, ao mesmo tempo que estabelecem regras e limites, pelos quais a criança se possa orientar. Na educação positiva as regras estabelecidas na família são negociadas (quando assim o puderem ser) e explicadas à criança, promovendo-se assim, a cooperação em detrimento da simples obediência.

 

Educar os nossos filhos, sem ser de uma forma punitiva, com ameaças, castigos, humilhações e violência, nem de uma forma permissiva, sem regras e limites, não é tarefa fácil. Mais uma vez, o equilíbrio não surge assim do nada. Há que tentar, errar e voltar atentar. O segredo? Não sei. Mas se tivesse que deixar aqui uma sugestão, seria a de que tratem os vossos filhos como gostariam de ser tratados. Respeitem-nos, amem-nos e o resto…., bom o resto vem…

 

Manuela Silveira

Peças de Família

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Já abraçou os seus filhos hoje?

por Peças de Família, em 03.02.16

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aqui falei sobre a importância do afeto nas nossas vidas, em especial na das nossas crianças. Hoje quero falar-vos da forma mais eficaz, mais potente e mais simples de transmitirmos afeto aos que mais amamos, em especial aos nossos filhos. Hoje quero falar-vos sobre o ABRAÇO.

 

E a maneira mais fácil de o fazer é partilhar convosco a melhor teoria sobre este gesto com que já tive oportunidade de contactar. Ela é da autoria de uma reconhecida terapeuta familiar norte americana, Dra. Virginia Satir, que nos diz o seguinte:

 

Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver, oito para manutenção do bem-estar e 12 para crescer.”

 

Calculando que esta quantificação vos possa parecer exagerada à primeira vista, relembro-vos que vários estudos nos mostram que todas as crianças necessitam de manifestações físicas de afeto, para um desenvolvimento equilibrado e positivo, na mesma ordem de que necessitam de ver satisfeitas outras necessidades básicas (como comer, beber, dormir, etc.).

 

Então porque é o abraço assim tão importante?

 

Porque um bom abraço implica muito mais do que os braços. Um abraço pressupõe o toque entre mais partes do corpo, comparando com outras manifestações físicas de afeto como o beijo ou uma carícia, proporcionando uma maior sensação de conforto e bem estar.

 

Um abraço contem o outro, promovendo sentimentos de segurança e proximidade.

 

Um abraço envolve, liga, conecta, facilitando a vinculação.

 

Um abraço vale mais do que mil palavras, pois transmite à criança que ela é gostada, que é amada, melhor do que qualquer expressão verbal.

 

Vamos então garantir o número mínimo de abraços diários aos nossos filhos, para que eles possam “sobreviver”. Vamos dar-lhes, pelo menos, 4 abraços diariamente: quando lhes damos os bons dias, quando nos despedimos ao deixá-los na escola, quando os vamos buscar à escola e, por último, um bem, bem apertadinho, quando lhes damos as boas noites.

 

Bons abraços!

 

Atenção: Abraço que é abraço tem que ter a duração mínima de 6 segundos, senão não conta.

 

Manuela Silveira

Peças de Família

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