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Com o início de um novo ano renovam-se sonhos, energias, desejos e objetivos.
Para as famílias pode ser uma oportunidade para fazer diferente, apostando ainda mais nos bons momentos passados com os que mais amamos, pois são esses momentos que possibilitam um maior fortalecimento e proximidade das relações, ao mesmo tempo que nos tornam (ainda) mais felizes.
Assim, em 2016 priorize a sua felicidade, assim como a de toda sua a família, investindo em si e nos seus, através de pequenos grandes gestos:
- Cultivem hábitos de vida mais saudáveis.
Façam exercício físico (passeios, caminhadas, natação, etc.) em família, alimentem-se melhor e conquistem mais horas de sono aos vossos dias.
- Fomentem bons momentos em família.
Podem, por exemplo, instaurar semanalmente a Noite da Família e nessa noite joguem em conjunto um jogo de tabuleiro, joguem às cartas, vejam um bom filme, com um balde de pipocas ao lado, ou simplesmente conversem.
- Conheçam juntos novos lugares e vivam novas experiências.
Está provado que o nosso cérebro se desenvolve tanto melhor quanto mais experiências e emoções positivas estivermos expostos. Criem memórias e boas recordações, em família.
- Digam e mostrem mais o que sentem uns pelos outros.
Incentive todos os elementos da família a verbalizarem o que pensam e sentem, sem julgamentos ou recriminações. Digam uns aos outros o quanto se amam. Abracem-se, pelo menos, uma vez por dia.
- Se têm mais do que um filho instituam o Dia do Filho Único.
Uma vez por mês, tirem um dia, uma tarde, um momento, em que estejam com cada um dos vossos filhos sem a presença do ou dos irmãos. Nesse dia conversem e façam o que ele ou ela mais gosta de fazer convosco e que, muitas vezes, não pode fazer por não ser filho único.
- Pais felizes=filhos felizes.
Encontrem mais tempo para o casal e para estar com os amigos.
- Façam refeições em família.
Ao gerirem os vossos dias priorizem, pelo menos, uma refeição diária em família, sem televisão, telemóveis ou qualquer outro tipo de distração;
- E, por fim, brinquem, riam e divirtam-se em família.
A Peças de Família deseja a todos os seus seguidores um FELIZ 2016.
Estamos a viver a época mais luminosa e mágica de todo o ano – A Quadra Natalícia.
As famílias enfeitam as suas casas, confecionam os doces tradicionais, vão a festas de Natal, elaboram listas de presentes e “mergulham” na azáfama das compras, fazendo tudo isto … como se estivessem em contagem decrescente.
É certo que são muitos os preparos e afazeres para que tudo esteja perfeito (sabendo que a perfeição não existe) mas também é verdade que o Natal é a festa da família e que a Quadra não se resume à noite da Consoada e à distribuição de presentes. O Natal é muito mais do que isso e é importante que, acima de tudo, as nossas crianças compreendam o verdadeiro Espírito Natalício.
São muitas as coisas que as famílias podem fazer para tornar esta época ainda mais mágica aos olhos dos mais pequenos, atividades essas que devem de envolver todos os elementos, proporcionando bons momentos e muito boas recordações em família.
A primeira sugestão passa por criarem os vossos próprios rituais ou tradições Natalícias, como: enfeitarem a árvore em conjunto, assistirem a um concerto de Natal, construírem o vosso próprio calendário do Advento ou contarem todas as noites um Conto de Natal às crianças, antes de estas irem para a cama.
Independentemente da crença religiosa da família, expliquem às crianças porque se comemora esta data, contando-lhes a história do nascimento de Jesus Cristo e explorem em conjunto o presépio de Natal.
Todos nos queixamos muito da febre de consumismo que no ataca nesta época do ano, então porque não dar um excelente exemplo aos nossos filhos incentivando-os e ajudando-os a fazer os presentes que querem oferecer aos seus amigos e família, mostrando-lhes que mais do que o valor monetário da prenda, o que interessa é o amor e o carinho que colocamos na mesma.
Esta é também uma época de solidariedade (que deve de estar presente todo o ano). Pode ser uma boa altura (se ainda não o fizeram) para fazer os mais pequenos entenderem que nem todas as crianças e adultos têm as mesmas condições de vida que a vossa família. Falem-lhes sobre o voluntariado. E porque não visitarem a Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) ou Centro Comunitário da vossa área de residência?
Sobretudo, esteja em família. Desfrutemos do melhor que o Natal tem para nos oferecer, ao mesmo tempo que ensinamos aos nossos filhos que o Espírito de Natal assenta no Amor e na Partilha e não na chegada do Pai Natal com o saco cheio de presentes.
A Peças de Família deseja a todos e todas que nos acompanham, um Bom Natal em Família.
Manuela Silveira
Peças de Família
As regras trazem-nos as orientações que nos permitem saber o que podemos ou devemos fazer e o que não podemos ou não devemos fazer, refletindo, no fundo, o que se espera de nós.
Se pensarmos como seria jogarmos um jogo de tabuleiro sem conhecermos as regras ou conduzirmos o nosso carro sem a existência do código da estrada, facilmente ficamos com uma ideia de como será para uma criança viver numa família onde não existem regras nem limites, que guiem e orientem o seu crescimento e desenvolvimento.
Numa casa onde não há regras, tudo pode acontecer! E isso é muito assustador!
Assim, tal como a existência de limites, uma definição clara e coerente das regras da família, traz consigo uma sensação de segurança e proteção para todos os seus elementos, e para as crianças em particular, introduzindo-se a previsibilidade no dia a dia da família. E é essa antecipação, o saber o que vai acontecer a seguir, que ajuda a que a criança se estruture cognitivamente e emocionalmente.
Por tudo isto, é extremamentte importante que, cada família, defina muito bem as suas regras, de acordo com as suas caraterísticas e dinâmica familiar, seguindo-se algumas orientações que podem auxiliar na elaboração das mesmas, aumentado a probabilidade de cumprimento por parte de todos:
Positivas – A regra deve de ser formulada na positiva. Assim, deve de enunciar o comportamento esperado e não o comportamento desadequado.
Exemplo: Na nossa família tratamo-nos com respeito e gentileza.
Em vez de: Na nossa família não se grita e não se bate.
Específicas – Ao estabelecermos as regras, devemos ser o mais específicos e o menos vagos possível, não deixando espaço para diferentes interpretações individuais da regra estabelecida.
Exemplo: Quando chegamos a casa, os casacos vão para o bengaleiro e os sapatos para a sapateira.
Em vez de: Os casacos e os sapatos devem de estar arrumados.
Curtas – As regras devem de ser curtas, para não corrermos o risco de nos dispersarmos.
Por todos e para todos – As regras da família devem de ser estabelecidas… em família. Crianças a partir dos 4 anos de idade devem de ser incluídas neste processo, pois aumentamos, assim, a probabilidade de cooperação de todos.
Porquê? Porque o ser humano vincula-se mais facilmente a algo do qual faz parte, e mais dificilmente a algo que lhe é imposto. E esta regra não tem exceção com as crianças.
Por outro lado, se as regras são estabelecidas em família, porque são de toda a família, os Pais não podem se excluir das mesmas (mesmo que não lhes agradem….
Assim, se, por exemplo, uma das regras é que à refeição todos os telemóveis estão desligados ou no silêncio, então TODOS os telemóveis estarão desligados ou no silêncio.
Adequadas - à idade da criança e à dinâmica familiar.
Visíveis – Após estabelecidas, a família poderá elaborar o Quadro das Regras da Família e colocá-lo num local visível da casa, por exemplo, na porta do frigorífico, para relembrar os mais distraídos...
Peças de Família
Manuela Silveira
Pois não. No nosso tempo havia mais tempo…
Tempo para Fazermos as Refeições em família, sem tablet’s e telemóveis à mistura.
Tempo para as crianças Brincarem na rua e em casa, sem medos e receios e toneladas de atividades extra curriculares.
Tempo para se Olhar e Conversar e Rir, pois só existiam 2 canais de televisão, 1 Tv por família e nem se imaginavam as ditas redes sociais.
Tempo com tempo para os netos Visitarem os Avós no fim de semana, em vez de serem barricados nos Centros Comerciais.
Tempo para Não se Fazer Nada, dando-se tempo aos tempos de “seca”.
Tempo para se Fazerem Disparates, pois, por vezes, não se sabia muito bem o que se fazer com o tempo.
Tempo para as crianças serem Crianças.
Tempo para os pais serem Pais e as mães serem Mães.
Nos últimos tempos, tenho ouvido e lido com bastante frequência afirmações do género:“ O que interessa é a qualidade do tempo que passamos com os nossos filhos e não tanto a quantidade!”.
Pois, discordo. Na educação dos nossos filhos tanto peso tem a qualidade como a quantidade do tempo que lhes dedicamos.
Uma relação positiva, gratificante e vinculativa com os nossos filhos não se constrói, só, tendo por base a qualidade dos momentos que passamos com eles. Alicerça-se, sim, em TODOS os momentos em que estamos juntos. Nos bons e nos menos bons (que também são necessários).
O ideal: Dar Qualidade à Quantidade de tempo que passamos com os nossos filhos, porque se para eles AMOR rima com TEMPO, só há, então, que Dar Tempo ao Tempo.
Está prestes a chegar um dia muito importante para muitas famílias: a entrada para a escola do seu/sua filho/a.
É normal e esperada alguma ansiedade (da parte de Pais e Filhos) neste momento de transição. As crianças deparam-se com uma mudança, e a mudança traz sempre na bagagem algum stress. Elas sentem que este é um momento de passagem para o mundo dos crescidos e que os olhos estão postos em si, no seu comportamento e desempenho.
Já os Pais, esses revivem o seu primeiro dia de aulas. O que sentiram quando se sentaram na sua carteira, se gostaram, ou não, do/a professor/a e dos colegas. Recordam brincadeiras e traquinices. Relembram sons e cheiros.
A família abre-se mais ao exterior, ficando, também, mais exposta a avaliações e considerações de terceiros, iniciando-se, assim, uma relação com o sistema educativo, que se prolongará durante largos anos.
É, por tudo isto, importante que nesta fase os Pais estejam particularmente atentos às suas próprias emoções e à forma como as expressam, uma vez que estão a influenciar direta e indiretamente a maneira como a criança irá gerir esta sua vivência.
Seguem-se algumas dicas, que poderão auxiliar os Pais na gestão desta nova etapa que se inicia:
- Converse com o/a seu/sua filho/a de forma aberta e tranquila sobre a sua entrada para a escola. Diga-lhe como você se sentiu aquando do seu primeiro dia de aulas, conte-lhe como correu, como se adaptou, do que mais e menos gostou, etc.;
- Se a criança não verbalizar, pergunte-lhe como se sente em relação à sua entrada na escola, como imagina que irá ser, o que acha que será mais difícil para si, o que acha que vai gostar mais e menos, o que o/a preocupa. Assegure-lhe que todas essas emoções são normais e que estará ao seu lado para o/a apoiar;
- Nunca desvalorize as inquietações ou sinais de ansiedade da criança. Pelo contrário, incentive-a a expressar-se sobre as mesmas de forma segura e descomplexada. Escute-a de forma empática;
- Visitem a escola antes do primeiro dia de aulas. Se possível, conheçam o/a professor/a e os funcionários;
- Nos dias que antecedem o primeiro dia de aulas, passe algumas vezes em frente à nova escola para a criança se começar a familiarizar e para lhe criar entusiasmo. Diga-lhe que este será um local especial, pois será ali que ela aprenderá a ler, a escrever, a contar, permitindo-lhe ver filmes com legendas, ler cartazes e publicidade, fazer contas, ler sozinha o seu livro preferido, fazer a sua carta para o Pai Natal, entre muitas outras coisas divertidas;
- Permita à criança ter algum controlo. Vá com ela escolher a mochila, o estojo e outros materiais escolares. Peça-lhe colaboração na decisão do que vai levar para o lanche. Deixe-o/a escolher a roupa que vai vestir no primeiro dia de aulas. Sempre com a certeza de que a decisão final é dos pais!
Bom início de ano letivo!
Manuela Silveira
Se as crianças vivem com críticas, aprendem a condenar.
Se as crianças vivem com hostilidade, aprendem a ser agressivas.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser apreensivas.
Se as crianças vivem com pena, aprendem a sentir pena de si próprias.
Se as crianças vivem com o ridículo, aprendem a ser tímidas.
Se as crianças vivem com inveja, aprendem a ser invejosas.
Se as crianças vivem com vergonha, aprendem a sentir-se culpadas.
Se as crianças vivem com encorajamento, aprendem a ser confiantes.
Se as crianças vivem com tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se as crianças vivem com elogios, aprendem a apreciar.
Se as crianças vivem com aceitação, aprendem a amar.
Se as crianças vivem com aprovação, aprendem a gostar de si próprias.
Se as crianças vivem com reconhecimento, aprendem que é bom ter objectivos.
Se as crianças vivem com partilha, aprendem a ser generosas.
Se as crianças vivem com honestidade, aprendem a ser verdadeiras.
Se as crianças vivem com justiça, aprendem a ser justas.
Se as crianças vivem com amabilidade e consideração, aprendem o que é o respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a confiar em si próprias e naqueles que as rodeiam.
Se as crianças vivem com amizade, aprendem que o mundo é um lugar bom para se viver.
Dorothy Law Nolte
(1954)
Todos nós já ouvimos falar dos benefícios do toque físico entre os Pais e o seu bebé, como forma de proporcionar uma sensação de bem-estar, de conforto e segurança aos nossos filhos mais pequenos, sendo comum vermos pais e mães a beijarem, acariciarem e a fazerem cóceguinhas nas suas crianças mais pequenas.
E isto é muito bom, porque nem sempre foi assim. No tempo dos nossos Pais e Avós, as manifestações de afeto e carinho, além de não estarem tão presentes no dia a dia das crianças, não eram tão expostas aos outros, acontecendo mais na intimidade da família.
Contudo (e porque queremos sempre mais e melhor), muito ainda há a fazer nesta área. E porque digo isto? Porque se é certo que os bebés e as crianças mais pequenas dos nossos dias recebem muito mimo e colinho, o mesmo não vemos acontecer com crianças em idade escolar, adolescentes e jovens. É como se a necessidade de nos sentirmos gostados e os benefícios associados a esse sentimento perdessem vantagens conforme crescemos. Como se fossemos ganhando anos e perdendo afetos.
Isto acontece numa tal ordem que, não raramente, encontramos filhos grandes (e não só em tamanho) que não (re)conhecem o sentir do toque de seu pai e mãe, que não identificam o seu cheiro, que (já) não sabem a que sabe o abraço, o colo e os beijos dos seus pais.
Esta questão não surge apenas na relação Pais e Filhos. O “ritual” acontece também nos casamentos e relações amorosas. Mais uma vez, o avançar dos anos constitui-se como o principal inimigo da demonstração de afeto e os casais, em consulta, dizem com frequência e com alguma nostalgia na voz: “Abraços? Beijos? Isso era no início”.
As manifestações de afeto (abraçar, beijar, dar as mãos, dar festinhas, fazer cócegas), são formas muito importantes para transmitirmos aos outros o que sentimos, o quão os amamos, revestindo-se estas demonstrações de especial importância quando falamos dos nossos filhos (os grandes e os pequenos). Só assim eles se sentem verdadeiramente gostados. Só assim se sentem verdadeiramente seguros e felizes.
Não basta dizer “Eu gosto muito de ti!” É preciso mostrar. É preciso fazer-se sentir o AMOR. Sempre.
Bons Afetos.
Manuela Silveira
Se ser pai ou mãe não é fácil, uma boa quota parte da dificuldade prende-se pelo facto de, na maioria do tempo, estarmos mesmo MUITO cansados. Cansados de fazer jantares, dar banhos, fazer de motorista, ir às compras, arrumar a casa, brincar com as crianças, somando, claro está, tudo isto às nossas tarefas e responsabilidades profissionais.
No meio de todos estes afazeres é normal, e muitas vezes confortável, esquecermo-nos de nós como ser individual e elemento de um casal, afundando-nos no “sofá da vida” e deixando para amanhã a tomada de decisão e as ações que fariam de nós pessoas realmente importantes na nossa vida.
Mas então que exemplo estamos a dar aos nossos filhos e filhas?
Que mensagem passamos às nossas crianças quando nos colocamos em último lugar na nossa lista de prioridades?
Primeiro, que o seu pai ou a sua mãe não são suficientemente importantes para dispensarem tempo e atenção ao seu bem estar e à felicidade do casal. Segundo, que os seus Pais estão sempre disponíveis para a satisfação das suas necessidades, sejam elas quais forem, correndo-se o risco de os nossos filhos e filhas passarem a olhar para nós como meros providenciadores de cuidados e serviços. São estes os Pais que, mais tarde, proferirão frases do género: ”Depois de tudo o que eu fiz por ti!” ou “Demos-te os melhores anos das nossas vidas e agora fazes-nos isto!”, tentando recuperar através da culpa o amor que julgam ser seu por direito.
É por tudo isto vital aprendermos a tomar conta de nós mesmos e da relação de casal, pois só assim podemos ser mais felizes ao mesmo tempo que educamos pelo exemplo – a melhor forma de educar. Os nossos filhos precisam que sejamos saudáveis, realizados e felizes, para eles próprios também o poderem ser.
Seguem-se algumas sugestões para os Pais que querem ser (ainda) mais felizes: